DATA DE REALIZAÇÃO: 27/10/2022, DAS 19H00 ÀS 22H00

LOCAL: 
 Auditório Juliano Fumaneri Weiss (Campus UFPR Litoral)

EVENTO PRESENCIAL E GRATUITO
Haverá emissão de certificado para os participantes
Incrições abertas até dia 25/10/2022 ou até esgotarem as vagas

SOBRE A OFICINA:

Os zumbis rastejam, se arrastam (e às vezes correm!) pelas telas de cinema há exatos 90 anos: tudo começou com o clássico White Zombie (1932), estrelado por Bela Lugosi no papel de um mestre vodu que comanda uma horda de zumbis escravizados. Os mortos-vivos foram se transformando com o passar dos anos, mas quase sempre representados como cadáveres que voltam a vida sob comando telepático ou hipnótico de um “mestre” do mal. O tema teria uma radical guinada em 1968, quando George A. Romero realizou Night of the Living Dead, dando início a uma visão completamente nova – urbana, atual e crítica – do papel do “morto-vivo” no cinema e na sociedade. A partir daí o cinema passou a investir em narrativas sobre mortos que saem dos túmulos para perseguir e atacar os vivos, com muito sangue e tripas.

O próprio Romero deu prosseguimento à sua saga com vários outros exemplares e os italianos se apropriaram do tema para criar seus próprios zumbis. O auge dos mortos-vivos nas telas foi na década de oitenta, impulsionado pelo videoclipe musical “Thriller” (1983), de Michael Jackson, uma obra-prima desse formato com direção de John Landis e efeitos de maquiagem de Rick Baker. A comédia de terror Return of the Living Dead (1985), de Dan O’Bannon, acrescentou mais uma camada aos zumbis, tornando-os tão engraçados quanto assustadores e repugnantes. Diversos outros cineastas vinculados ao horror deram sua própria visão dos zumbis – incluindo Peter Jackson, Michele Soavi e Zack Snyder – e o subgênero teve uma sobrevida com o estrondoso sucesso da série de televisão The Walking Dead. No Brasil, o capixaba Rodrigo Aragão se tornou um fenômeno do cinema independente com os longas Mangue Negro (2008) e Mar Negro (2013).

A palestra “Apocalipse Zumbi” apresentará um panorama completo da trajetória de mortos-vivos, infectados e cadáveres ressuscitados, passando por 90 anos de produção, incluindo um pôster exclusivo listando 200 filmes desse tema, que servirá como um guia para o participante poder conhecer o que de melhor – e pior também – foi feito no cinema dos mortos-vivos.

Carlos Primati

Carlos Primati é crítico membro da Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema), curador e pesquisador especializado em cinema fantástico. Colabora com diversas publicações sobre cinema escrevendo sobre horror e ficção científica, para editoras como Clepsidra, Wish, Ex-Machina, DarkSide Books e Diário Macabro, além de ensaios para encartes de lançamentos em home video para distribuidoras como Versátil, Obras-Primas do Cinema e DarkFlix. Ministra oficinas, cursos e palestras sobre cinema fantástico em vários festivais e eventos sobre o gênero, e também em plataformas online pelo MIS (Museu da Imagem e do Som), de São Paulo, incluindo cursos sobre Alfred Hitchcock, Expressionismo Alemão, A História do Cinema de Horror, Horror Brasileiro, Horror Italiano, Horror Negro, Horror na Nova Hollywood, Ficção Científica da Década de 1950, entre outros.